Governo Lula relança programa para reduzir filas no SUS
Hospitais da rede privada vão poder oferecer atendimento à população em troca de abater dívidas com a União
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relançou o programa do Ministério da Saúde que busca reduzir a fila de espera por consultas com especialistas, exames e cirugias no Sistema Único de Saúde (SUS). O programa Mais o a Especialistas foi repaginado e rebatizado para Agora tem Especialistas.
A nova fase do programa prevê parcerias com hospitais privados e filantrópicos para oferecer atendimento à população. Em contrapartida, as entidades terão dívidas com a União abatidas. Além disso, o governo pretende aprimorar a estrutura do sistema público para ampliar atendimentos no turno da noite e em finais de semana.
A partir do programa, hospitais, ambulatórios e clínicas privadas também poderão se credenciar para atender pacientes do SUS. A iniciativa priorizará atendimentos nas áreas de oncologia, ginecologia, cardiopatia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia. Outra novidade é a possibilidade de planos de saúde trocarem o ressarcimento devido ao SUS por prestação de serviço à população.
As mudanças no programa serão oficializadas em uma medida provisória (MP), assinada por Lula, e que deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) ainda nesta sexta-feira (30/5).
A diminuição das filas na saúde é uma das promessas de campanha de Lula. Nesse sentido, o Mais o a Especialistas foi lançado em abril do ano ado, com a proposta de ampliar o atendimento por meio da telessaúde. No entanto, o programa não teve o retorno esperado e, inclusive, foi um dos motivos para a demissão da ex-ministra da Saúde Nísia Trindade.
Tratamento de câncer
O Ministério da Saúde também anunciou a entrega de 121 novos acelerados lineares, usados no tratamento de câncer, até o fim de 2026. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, as iniciativas vão permitir o cumprimento da meta de atendimento a pacientes oncológicos. Por lei, o prazo para iniciar o tratamento de câncer pelo SUS é de 60 dias depois do diagnóstico.
“Vamos consolidar o SUS como a maior rede pública de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer no mundo”, disse o ministro.
O governo ainda prevê a disponibilização de 150 carretas equipadas com estrutura para realizar consultas e exames, além de pequenas cirurgias e biópsias. Os veículos vão atender regiões desassistidas pelo sistema público.