Justiça condena “coiotes” por imigração ilegal da Amazônia para EUA
Dois condenados promoviam imigração ilegal para os Estados Unidos e usavam a cidade de Tabatinga (AM) como um ponto estratégico de agem
atualizado
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O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) condenou dois membros de uma organização especialista em imigração ilegal para os Estados Unidos. Os “coiotes”, termo para pessoas que promovem o crime, usavam a cidade de Tabatinga (AM) como um ponto estratégico de agem dos migrantes.
Além de migração ilegal, os homens também foram condenados por supressão de documentos e lavagem de dinheiro. Os réus foram condenados a penas que variam de três a 28 anos. Cabe recurso da sentença que condenou os réus. Apenas um deles poderá recorrer da sentença em liberdade, porém.
Suas identidades não foram reveladas.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), entre novembro de 2019 e agosto de 2020, os condenados e outros dois estrangeiros facilitaram a entrada ilegal nos Estados Unidos ando pelo Brasil. Um dos “coiotes” também suprimia os documentos das pessoas, impedindo possíveis fugas, e lavava o dinheiro proveniente da ação criminosa.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou que, em apenas um mês, um dos membros da organização movimentou mais de R$ 2,7 milhões. Ele alegou que os valores vinham da venda de roupas usadas, mas não apresentou qualquer documento que comprovasse a origem do montante.
O outro homem era responsável por hospedar as pessoas em seu hotel na cidade amazonense, até que os imigrantes deixassem o Brasil rumo à América Central e, posteriormente, chegassem aos EUA. Segundo o MPF, mais de 117 estrangeiros, em sua maioria vindos da Índia, Paquistão e Bangladesh, aram por seu hotel entre 2019 e 2020.