Médicos de plano de saúde de servidores de GO paralisam atendimentos
Serviços de urgência e emergência funcionam normalmente. Profissionais denunciam mais de cinco meses de pagamentos atrasados
atualizado
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Médicos credenciados ao Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) estão com o atendimento paralisado desde a manhã dessa terça-feira (7/2).
O período deve ser estender até a quinta-feira (20/2). Consultas, exames e cirurgias eletivas foram suspensas, no entanto, os serviços de urgência e emergência seguem em funcionamento.
De acordo com a categoria, mais de 300 profissionais aderiram ao movimento. Entre as reivindicações dos médicos está a regularização de pagamentos pendentes referentes aos meses de julho, agosto, setembro, outubro e novembro de 2024.
Em nota, o Ipasgo Saúde alegou ter sido surpreendido com a paralisação “feita sem qualquer comunicação prévia à instituição, o que fere diretamente as regras contratuais estabelecidas. O maior plano de saúde do estado de Goiás esclarece que esses profissionais não têm vínculo empregatício com o Ipasgo Saúde. […] Portanto, eles têm plena autonomia para solicitar descredenciamento a qualquer tempo”, informa.
Ainda segundo o insituto, o quantitativo de profissionais que aderiram à paralisação representa cerca de 10% da rede credenciada, composta por quase 5 mil pessoas físicas e jurídicas.
“A instituição pode provar que, desde setembro de 2024, reou aos prestadores quase R$ 1 bilhão. Só em 31 de janeiro e 14 de fevereiro de 2025, os profissionais que atendem beneficiários do plano de saúde receberam R$ 18,2 milhões”, divulgou o Ipasgo.
Reivindicações dos profissionais
Em 11 de fevereiro, uma audiência pública foi realizada pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), em Goiânia, para discutir os problemas levantados pelos profissionais.
Um documento aponta as reivindicações de mais de 600 profissionais credenciados. Além dos pagamentos referentes a meses de 2024, os médicos ligados ao Ipasgo pedem:
- data fixa para pagamento;
- atualização da tabela de Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM);
- realização de pagamentos simultâneos para honorários de consultas, cirurgias e procedimentos, consolidados em um único demonstrativo, com a disponibilização de demonstrativos detalhados em até 7 dias após o pagamento;
- cobrança de diferença de acomodação e honorários de instrumentação cirúrgica;
- pagamento direto aos médicos via pessoa jurídica ou física, rejeitando pagamentos feitos via hospitais;
- adicional noturno para procedimentos; e
- exigência de identificação dos auditores responsáveis pela liberação de guias.