Saiba por que a maior cachoeira de Mato Grosso do Sul está seca
O volume de chuvas tem diminuído nos últimos anos e o fenômeno La Niña intensificou a irregularidade, o que deixa a região seca
atualizado
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A cachoeira Boca da Onça, de 156 metros de altura, está seca. Ela fica em Bodoquena (MS), a 300 km de Campo Grande, e é a maior do estado. A queda d’água, que costumava parecer um véu suave, não se mostra mais assim. Hoje é uma parede irregular de rochas secas.
A razão dessa seca na região é o efeito da La Niña, que atrasou as chuvas em 2022. Esse fenômeno causa disturbios no clima, o que deixa as chuvas mais irregulares.
A pouca chuva afetou a vazão dos rios que abastecem a queda d’água, nos municípios de Bonito e Bodoquena.
O gerente de turismo Cristiano Godinho, que atua na região, aponta que nos últimos anos nota uma redução no volume de chuvas, o que influencia na quantidade de água da cachoeira.
“Fazemos o apontamento das chuvas desde 2004 e, infelizmente, estamos no quarto ano consecutivo que temos uma queda acentuada nas chuvas. Isso se dá em toda região de Bonito”, disse em entrevista ao jornal Primeira Página.
Mesmo com as dificuldades causadas pelo clima, a região segue firma no turismo, e a Boca da Onça, cachoeira que se parece com uma onça de boca aberta, permanece como um dos principais destinos. Mas há algumas mudanças para o turista.
Para garantir o banho do visitante, agências de turismo incluíram outras cachoeiras e destinos nos roteiros para visitantes. Mesmo sem a cachoeira principal, a região ainda atrai pelas trilhas e atividades como escalada e rapel.