Desembargador aposentado diz que fala de governador do PT é criminosa
O governador do PT, Jerônimo Rodrigues, é alvo de críticas após sugerir jogar Bolsonaro e eleitores “na vala”
atualizado
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O desembargador aposentado e atual advogado bolsonarista Sebastião Coelho disse que a polêmica fala do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), é “criminosa”. No discurso feito na sexta-feira (2/5), o petista afirmou que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) “sorria daqueles que estavam na pandemia sentindo falta de ar” e declarou que o ex-chefe do Poder Executivo “vai pagar essa conta e quem votou nele podia pagar também”.
“Fazia no pacote. Bota uma enchedeira. Sabe o que é enchedeira? Uma retroescavadeira. Bota e leva tudo pra vala”, declarou o governador.
Após Bolsonaro reagir contra o discurso de Jerônimo, Sebastião Coelho publicou um vídeo no qual cobra providências da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Supremo Tribunal Federal (STF) para afastá-lo do cargo.
“Quero registrar a minha indignação e cobrar providencias do procurador-geral da República e do Supremo Tribunal Federal contra governador da Bahia, do PT, o senhor Jerônimo Rodrigues. Esse cidadão, em fala criminosa, propõe a morte de mais de 58 milhões de brasileiros. Ele disse que Bolsonaro e seus eleitores deveriam ser colocados em uma escavadeira e jogados em uma vala”, disse Sebastião Coelho.
O desembargador aposentado afirmou que a sugestão do governador “caracteriza genocídio”. Veja o discurso de Jerônimo Rodrigues:
Sebastião Coelho tem ganhado notoriedade por defender acusados pelos atos de 8 de Janeiro e suposta trama golpista.
Em março deste ano, o advogado foi detido após gritar e interromper a sessão do STF que julgava denúncia contra Bolsonaro e sete aliados. Após a confusão, o desembargador aposentado foi retirado do local e acabou detido pela Polícia Judicial do STF em flagrante delito por desacato e ofensas ao tribunal. O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, determinou a lavratura de boletim de ocorrência por desacato e, em seguida, a liberação de Sebastião Coelho.
