Após retratação, setor de carnes discute fim do boicote ao Carrefour
Entidades do setor de proteína animal se reúnem na terça-feira (26/11) para discutir fim do boicote ao Carrefour, após empresa se retratar
atualizado
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Entidades que representam o setor de proteína animal devem encerrar o boicote ao Carrefour no Brasil após o grupo recuar da decisão de suspender a compra de carne de países do Mercosul para abastecer as unidades sas da rede.
O conselho da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) deve se reunir na tarde desta terça-feira (26/11) para definir a questão. O presidente da entidade, Marcelo Santidiz, adiantou à coluna que a tendência é que o boicote acabe.
De acordo com o dirigente da associação, o boicote registrado nos últimos dias deve acabar até para que os mercados do grupo Carrefour no Brasil sejam abastecidos com carnes para os festejos de Natal de 2024.
“A gente vai se reunir para definir isso. Mas agora que entrou o pedido de desculpa, e também quando retomarem o fornecimento, não tem motivos para continuar o boicote. Fica o desgaste com a situação, mas não podemos transmitir isso aos nossos consumidores”, afirmou Santidiz.
Integrantes da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), outra entidade que representa o setor de proteína animal, também devem debater o assunto, segundo apurou a coluna com fontes ligadas à instituição.
Carrefour se retrata
Como o Metrópoles noticiou, o Carrefour divulgou novo posicionamento sobre a compra das carnes brasileiras na manhã desta terça-feira (26/11). No comunicado, a empresa ressaltou que continuará comprando a carne brasileira, como faz “há 50 anos”.
“Nossa declaração de apoio à comunidade agrícola sa, formulada na quarta-feira ada, sobre o acordo de livre comércio com o Mercosul, causou desentendimentos com o Brasil e é nossa responsabilidade resolver”, destacou o texto.
A mudança de posicionamento da rede de supermercados ocorreu após frigoríficos, hotéis, bares e restaurantes brasileiros promoverem boicote à rede varejista em retaliação às falas do CEO da empresa, Alexandre Bompard.
A postura do CEO chegou a gerar ruído diplomático. A embaixada do Brasil na França se manifestou em defesa do produto brasileiro e afirmou que a declaração do executivo “reflete opinião e temores infundados” sobre a pecuária brasileira.
