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Por que a comunicação digital do governo federal não alcança a todos?

Apesar do grande número de canais nas redes, o governo ainda não atinge uma parte significativa da população que depende dele

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida da página inicial do site do governo federal, o Gov.br - Metrópoles - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Com o objetivo de mostrar um panorama sobre como está o desempenho na comunicação digital do governo federal, a agência DSC LAB acaba de lançar um levantamento inédito sobre o Índice Brasil de Impacto Digital (iBR).

O iBR baseia-se em critérios objetivos de alcance nacional, características de engajamento e perfil dos usuários, garantindo uma análise abrangente da comunicação digital dos órgãos do governo federal.

O estudo foi feito durante 45 dias compreendidos entre janeiro e fevereiro de 2025 em seis redes sociais distintas (Instagram, Facebook, YouTube, TikTok, LinkedIn e X), totalizando 10,8 mil postagens publicadas no período analisado.

Esse recorte temporal é relevante porque:

  • Abrange um momento de alta mobilização digital, em que temas sensíveis foram amplamente debatidos nas redes sociais.
  • Coincide com o início de um novo ciclo da comunicação institucional, refletindo a atuação dos canais oficiais diante do ambiente informacional do período.
  • Representa uma janela crítica para a atuação do governo, considerando o contexto político e as expectativas da opinião pública.

As publicações nesse recorte foram responsáveis por mais de 9,2 milhões de interações diretas, alcançando 1,23 bilhão de visualizações.

“Diante da relevância da comunicação digital para a gestão pública, a análise desses dados permite compreender o impacto das mensagens governamentais, a efetividade do engajamento e as dinâmicas de interação entre governo e sociedade”, aponta o estudo, conduzido por Tiago Falqueiro, sócio-fundador da DSC LAB e coordenador do projeto iBR.

Em entrevista ao Metrópoles, Falqueiro indica que a comunicação do governo exerce um papel importante para a sociedade. Contudo, revela que têm mais impacto os conteúdos dos ministérios relacionados a temas com mais contato com os cidadãos, como saúde e educação.

“Isso demonstra que o conteúdo e as estratégias oferecidas seguem mais uma agenda de interesse institucional e menos de relacionamento/ interação com as pessoas, imprimindo mensagens sobre programas e feitos sem considerar tanta a dinâmica das próprias redes, como adoção de formatos, segmentação dos públicos e até de linguagem”, pondera.

Desafios

Apesar do grande alcance, a comunicação digital do governo ainda não atinge uma parte significativa da população que depende dos serviços públicos e políticas governamentais, ou seja, ainda não alcança a totalidade da população que precisa ar serviços públicos todos os dias.

Com 167 canais, o governo federal possui um público potencial muito maior do que o atual – 43 milhões de seguidores e 1,23 bilhão de visualizações.

Em janeiro de 2025, por exemplo, a crise do Pix desencadeou uma crise na comunicação digital do governo diante da mobilização da oposição.

Além da insatisfação popular, a crise revelou um desafio central para a atuação governamental nas redes sociais: a necessidade de se preparar antecipadamente, com monitoramento dos cenários e estruturas para lidar com crises, e, dessa forma, responder mais rapidamente a narrativas negativas e conter a difusão de fake news.

Ainda segundo o estudo, a reação inicial foi tardia, o que permitiu à oposição estruturar uma campanha digital altamente eficiente, impulsionando anúncios pagos com um alcance estimado entre 2,8 e 3,4 milhões de impressões em plataformas da Meta.

“Ao replicar conteúdos em canais diferentes e tratar de maneira uniforme os seguidores, a comunicação digital do governo abre mão de estabelecer interações mais efetivas com a população. Deixa, assim, o caminho aberto para os opositores, que têm se mostrado eficientes em atacar nichos e se consolidar em linguagens de rede.”

Tiago Falqueiro, sócio-fundador da DSC LAB e coordenador do projeto iBR

Falqueiro explica que o case do Pix, que nasceu de uma medida proposta pelo próprio governo, mostra a perda de controle da narrativa, mesmo com tantos canais e porta-vozes, pois foi adotada como saída a replicação de um mesmo conteúdo de forma transversal. “Enquanto os opositores conversavam com seus seguidores de forma direta, a partir de um relacionamento já estabelecido e validado”.

A pesquisa mostra que mais do que um grande número de seguidores ou interações, a efetividade da comunicação governamental deve ser medida pela capacidade de informar e impactar diretamente a vida dos milhões de brasileiros que utilizam os serviços públicos diariamente, garantindo o ágil, confiável e inclusivo às políticas implementadas pelo governo federal.

Outro ponto também, conforme Falqueiro, é a aparente desconexão entre a estratégia institucional e o uso/contribuição com perfis relevantes como o do próprio presidente Lula, ausente em boa parte da produção.

“Um fato que parece prejudicar tanto a comunicação institucional, que perde o chamariz de um personagem ‘quente’ é a imagem do próprio presidente, que fica distante de pontos importantes e do relacionamento com medidas benéficas do próprio governo.”

Tiago Falqueiro, sócio-fundador da DSC LAB e coordenador do projeto iBR

Comentários

O percentual de comentários considerados positivos nas publicações do próprio governo ficou em 1,24%.

As interações trouxeram uma alta incidência da palavra “imposto” e “renda”, indicando insatisfação com possíveis novas cobranças.

A presença recorrente de termos como “fake”e “news” sugere desconfiança nas explicações do governo, com alegações de que a narrativa oficial não corresponde à realidade.

Os comentários também trouxeram críticas generalizadas sobre a condução da crise do Pix e uma percepção recorrente de que a população seria prejudicada financeiramente.

YouTube

O YouTube, apesar de ser a plataforma de mídia social com maior audiência mensal do Brasil com 144 milhões de usuários (Comscore), é usado pelo governo como repositório institucional, com pouca adaptação ao público. Com apenas 218 publicações com vários ministérios, sendo que nem todos eles publicaram este ano.

Nem o desempenho médio de visualizações por post nem a grande base de usuários brasileiros parece convencer o governo a investir em uma estratégia com conteúdos mais aderentes aos padrões da plataforma.

Análise

A estratégia de informação institucional mostrou grande alcance, mas enfrenta desafios na gestão da percepção pública. Também evidencia que, apesar do potencial das redes sociais como ferramenta de comunicação governamental, a efetividade depende de uma gestão mais estruturada e responsiva.

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