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“Vira um pária”: médico relata boicote ao desafiar cartel da anestesia

Depoimento obtido com exclusividade revela como a Coopanest-DF impunha monopólio em clínicas e hospitais, coagindo colegas com chantagens

atualizado

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Close-up da mão do anestesista masculino com uma seringa e frasco nas mãos na sala de cirurgia. Metrópoles
1 de 1 Close-up da mão do anestesista masculino com uma seringa e frasco nas mãos na sala de cirurgia. Metrópoles - Foto: Getty Images

“Quem ousar desafiar esta coação vira um pária.” O alerta vem de um cirurgião que atuou por anos na capital federal e relatou à reportagem, com exclusividade, os bastidores de um sistema que ele classifica como “ditadura médica disfarçada de cooperativismo”.

O relato se soma às investigações da Operação Toque de Midaz, deflagrada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Distrito Federal, que expôs um suposto cartel milionário liderado por integrantes da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do DF (Coopanest-DF). A organização é acusada de restringir o mercado de anestesia com práticas abusivas, manipulação de preços e coerção direta contra médicos que ousassem atuar de forma independente.

Em sua declaração à coluna, o cirurgião revela que a estrutura montada pelos anestesistas não apenas restringia o o a hospitais e clínicas, como impunha “exclusividade forçada”, impedindo a entrada de outros profissionais. “Para outro grupo de anestesia substituir um anterior num estabelecimento, é necessária a autorização da Coopanest, sob pena do local sofrer boicote dos anestesistas de Brasília”, afirmou.

O médico relatou ter sofrido boicote explícito por parte de um grupo de anestesistas que se recusou a participar de suas cirurgias. Ao migrar para outro estabelecimento, encontrou os mesmos profissionais — e o mesmo bloqueio. “Me apresentaram uma tabela 25% mais cara para anestesiar meus pacientes, como forma de pressão para eu aceitar os horários que eles determinavam ou sair da clínica”, contou.

Segundo ele, a tentativa de judicializar o caso e expor publicamente as práticas da cooperativa levou à suspensão temporária das represálias. “Voltaram atrás depois que o proprietário ameaçou trocar a equipe. Era uma chantagem comercial disfarçada de gestão médica.”

Além do boicote a profissionais, a organização também impunha aumento arbitrário de preços aos donos de clínicas, sob pena de retaliações, conforme relatado pelo médico.

Cartel sob investigação

A Operação Toque de Midaz, batizada em alusão ao sedativo Midazolam e ao rei Midas — símbolo da ganância —, apura a atuação de uma organização criminosa articulada, acusada de restringir a concorrência e manter o controle absoluto sobre a oferta de anestesistas em hospitais estratégicos do DF. Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta fase.

Um dos investigados é José Silvério Assunção, vice-presidente da Coopanest-DF, condenado por erro médico em um caso que deixou uma paciente em estado vegetativo. Outro alvo é Pablo Pedrosa Guttenberg, membro do Conselho Fiscal da cooperativa.

A Coopanest-DF nega qualquer irregularidade. Em nota, afirma que “nunca houve e não há cartel ou ilegalidade” e que “irá comprovar a regularidade e o compromisso ético” da atuação da entidade.”

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