Lula precisa indicar “terrivelmente evangélico” ao STF, diz vice do PT
Acordo para indicação ao STF ajudaria Lula a selar aliança com o segmento evangélicos para 2026, avalia o vice-presidente nacional do PT
atualizado
Compartilhar notícia

Vice-presidente nacional do PT, o deputado Washington Quaquá defende que Lula indique um nome “terrivelmente evangélico” ao Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo seria reforçar uma aproximação entre o governo e esse segmento religioso.
A afirmação de Quaquá foi feita ao ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, num encontro informal. E foi confirmada à coluna pelo próprio dirigente.
O termo “terrivelmente evangélico” ganhou notoriedade quando o então presidente Jair Bolsonaro indicou o presbiteriano André Mendonça para o Supremo.
Para Quaquá, Lula deveria indicar o deputado Marcos Pereira para o STF. O parlamentar é presidente do Republicanos, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, que tem a quinta maior bancada da Câmara e que deverá eleger o futuro presidência da Casa em 2025, Hugo Motta.
Procurado pela coluna, Quaquá explicou a fala: “Defendo que o Lula indique Marcos Pereira, um terrivelmente evangélico para o Supremo. Eu defendo aproximação do governo com a base do [governador do Rio de Janeiro] Cláudio Castro que também é base federal nossa, e que tenhamos boa relação com ela. O presidente do Republicanos é respeitado no Congresso e no Supremo, tem estatura, apoio e saber jurídico. Lula daria um grande sinal pra política e de quebra para o mundo evangélico”.
Importante ressaltar que Lula não possui mais indicações para o STF neste mandato. Caso reeleito em 2026 para mais quatro anos na Presidência, o petista indicará os substitutos dos ministros Luiz Fux e Cármen Lúcia.
Aproximação
Uma ala da bancada evangélica deseja se aproximar do governo, de olho em indicações a postos-chave nos ministérios que trabalham diretamente com políticas públicas voltadas à população mais pobre.
Esses líderes, como o deputado Otoni de Paula, sinalizaram disposição para atuar como pontes entre Lula e o eleitorado evangélico.