PMMA: deputado quer banir produto em procedimentos estéticos
Proposta apresentada pelo deputado Josenildo (PDT-AP) proíbe uso de PMMA para procedimentos estéticos após série de problemas com produto
atualizado
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Um projeto de lei apresentado na Câmara visa acabar com a utilização de polimetilmetacrilato (PMMA) como preenchimento estético. A proposta foi feita pelo deputado Josenildo (PDT-AP), em consonância com o recente pedido do Conselho Federal de Medicina para banir o uso da substância, após mortes de pacientes que aram por operações com esse composto químico.
O PMMA é um componente plástico com diversas utilizações na área de saúde e em outros setores produtivos, com uso recomendado para ortopedia e oftalmologia. O deputado argumentou que sua utilização para fins estéticos, amplamente disseminada no mercado, causa eventos adversos, como infecções e até mesmo a morte.
O Metrópoles mostrou uma série de clientes de clínicas estéticas que apresentaram problemas após a aplicação do produto. Uma delas precisou ter os lábios removidos. Em janeiro deste ano, uma mulher de 46 anos foi encontrada morta no banheiro de casa horas após realizar uma um procedimento estético nas nádegas, com PMMA.
Para o pedetista, diante deste contexto, é necessário “restringir a venda e utilização do produto aos profissionais comprovadamente habilitados para seu uso, como forma de se tentar evitar novas tragédias”. A proposta precisa ser votada nas comissões, no plenário da Câmara e também no Senado para começar a valer.
No dia 21/1, o Conselho Federal de Medicina (CFM) recomendou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o banimento do uso do PMMA como substância de preenchimento. A entidade solicitou a imediata suspensão da produção e da comercialização de preenchedores à base do produto no Brasil.