Chefe da Otan revela que aliança pode não resistir à Rússia em 3 anos
Secretário-geral da Otan, Mark Rutte itiu superioridade da Rússia e voltou a cobrar que países da aliança aumentem gastos com defesa
atualizado
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O chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Mark Rutte, voltou a falar sobre uma superioridade da Rússia em relação ao bloco militar. Durante reunião na Lituânia, nesta segunda-feira (2/5), o secretário-geral afirmou que a Otan ainda consegue se defender dos russos atualmente, mas pode não ter tal capacidade daqui a três anos.
Antes da cúpula, que reuniu países do grupo chamado B9 e nações nórdicas da Otan, Rutte voltou a falar sobre a necessidade do aumento de gastos militares da aliança.
“Obviamente isso [aumento nos gastos com defesa] é algo que estamos discutindo agora entre os aliados”, disse o secretário-geral da Otan. “Podemos nos defender agora contra a Rússia, mas não podemos em três, cinco ou sete anos.”
Em 16 de maio, Rutte já havia falado sobre vantagens da Rússia em relação à Otan. Na época, Rutte participou de uma reunião informal de chanceleres do bloco militar na Turquia, e afirmou que os russo produzem mais munição do que todos os 32 membros da aliança – em um espaço de tempo mais curto.
Os esforços de países da Otan para um maior investimento com defesa surgem após ameaças do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Após assumir a Casa Branca em janeiro, o líder norte-americano já fez diversas ameaças de que pode afastar o país da aliança militar.
Atualmente, o orçamento do bloco militar depende, majoritariamente, dos EUA.
A reunião desta semana aconteceu antes da cúpula de chefes de Estado da Otan, prevista para acontecer na Holanda, nos dias 24 e 25 de junho. Participaram do encontro desta segunda-feira representantes da Bulgária, Tcheca, Estônia, Hungria, Letônia, Polônia, Romênia, Eslováquia, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zekensky, também esteve presente na cúpula.