EUA impede entrada de juízes cubanos, e Eduardo Bolsonaro vê relação com Brasil
No dia em que revelou a possibilidade de retaliações contra Alexandre de Moraes, governo dos EUA anunciou sanções contra autoridades de Cuba
atualizado
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O governo dos Estados Unidos anunciou sanções contra três juízes e um procurador de Cuba – eles estão impedidos de entrar no país liderado por Donald Trump. A medida animou o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), que enxergou relação entre o caso e as ameaças de retaliações norte-americanas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo comunicado divulgado pelo Departamento de Estado dos EUA, a ação foi baseada em supostas violações aos direitos humanos praticadas pelas autoridades cubanas, por meio de ordens judiciais. A mesma acusação utilizada por parlamentares ligados à direita brasileira, bem como por congressistas norte-americanos do Partido Republicano.
Ao comentar o anúncio, o filho 03 do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro, insinuou que ações semelhantes de Washington têm feito com que autoridades brasileiras evitem os EUA.
“Entendem por que tem autoridade brasileira que não vem para os EUA">
Sanções contra Moraes
No mesmo dia do anúncio das medidas contra autoridades cubanas, o chefe da diplomacia de Trump revelou “grande possibilidade” de Moraes ser alvo de sanções. Elas, no entanto, seriam impostas por meio da Lei Magnitsky, que prevê retaliações econômicas contra autoridades internacionais acusadas de desrespeitar os direitos humanos.
Além do dispositivo criado em 2012 durante o governo de Barack Obama, um projeto que pode impedir a entrada de Moraes nos EUA corre em paralelo na Câmara dos Representantes norte-americana.
Apresentado por congressistas que participaram de articulações com Eduardo Bolsonaro, a lei denominada “No Censors on our Shores Act” (Lei Sem Censores em Nossas Fronteiras) foi aceita pelo Comitê do Judiciário em fevereiro deste ano, e segue em tramitação.