Governo Trump se manifesta sobre suspensão de tarifaço: “Exagero”
Tribunal de Comércio Internacional dos EUA suspendeu, na quarta-feira (28/5), as tarifas comerciais recíprocas propostas por Donald Trump
atualizado
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A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, em coletiva de imprensa dada nesta quinta-feira (29/5), afirmou que a decisão do Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos de suspender as tarifas comerciais recíprocas impostas pelo presidente Donald Trump, são um exemplo de “exagero judicial” por parte dos magistrados.
Karoline Leavitt disse que Trump introduziu tarifas para lidar com os déficits comerciais dos EUA com outras nações, o que ela descreve como uma ameaça extraordinária à segurança nacional e à economia.
“As tarifas de Trump eram legalmente sólidas e há muito tempo esperadas. Ela representavam uma postura ousada em relação ao déficit comercial”, disse Leavitt.
O que está acontecendo
- O Tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos (EUA) suspendeu, nesta quarta-feira (28/5), as tarifas comerciais recíprocas propostas pelo presidente Donald Trump sobre os principais parceiros comerciais dos EUA, incluindo as tarifas do “Dia da Libertação”, impostas em 2 de abril.
- A Justiça entendeu que as medidas são ilegais por excesso de autoridade.
- O tribunal decidiu a favor de uma liminar permanente, suspendendo as tarifas globais de Trump antes que os “acordos” com a maioria dos outros parceiros comerciais sejam firmados.
- Suspensão das tarifas impostas no início deste ano contra a China, o México e o Canadá, destinadas a combater a entrada de fentanil nos EUA.
- Suspensão das tarifas de 30% de Trump sobre a China. E de 25% sobre produtos importados do México e do Canadá
- Suspensão das tarifas universais de 10% sobre a maioria dos produtos que entram nos Estados Unidos, implementadas no “Dia da Libertação”, em 2 de abril.
Segundo a porta-voz do governo, os três juízes que tomaram a decisão anulando as tarifas de Trump “abusaram descaradamente” de seu poder judicial.
Ela ainda alega que eles usaram seus poderes judiciais para impedir o presidente de executar o mandato que o povo americano lhe deu quando ele venceu a eleição presidencial no ano ado.
“Os tribunais não devem ter nenhum papel aqui. Há uma tendência de juízes não eleitos se inserindo no processo legislativo. As negociações comerciais não devem ser impulsionadas por eles”, afirmou Leavitt.
A secretária de imprensa destaca que a Casa Branca lutará contra todos os desafios legais que o governo enfrentou, incluindo “injunções radicais”.
Karoline Leavitt, concluiu afirmando que o governo “pretende vencer” a batalha jurídica contra a decisão, em referência à declaração do governo Trump de que recorrerá à Suprema Corte se não conseguir bloquear a decisão.