Trump chama condenação da Apple na Europa de “decisão ridícula”
Presidente dos EUA criticou política da UE em relação às empresas norte-americanas, chamando-a de “muito dura”: “Não estamos gostando”
atualizado
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou nesta quinta-feira (27/2), durante encontro bilateral na Casa Branca com o premiê britânico Keir Starmer, sobre a relação do país com a União Europeia. O republicano mencionou o tratamento dado a empresas norte-americanas e classificou a condenação sofrida pela Apple, no ano ado, como uma “decisão ridícula”.
“Eu tive problemas com a União Europeia. Nós temos um bom relacionamento, mas temos problemas com as tarifas. Eles fizeram isso em forma do imposto IVA, que é cerca de 20%, e outros vários impostos. Eles processaram a Apple e receberam, acho, que 16 ou 17 bilhões de dólares e a gente achou que foi uma decisão ridícula. Estão processando o Google por muito dinheiro e uma série de outras empresas. Nós não estamos gostando da maneira como eles estão tratando nossas empresas”, disse Trump.
A Apple foi condenada pelo Tribunal de Justiça da União Europeia em setembro do ano ado a pagar 13 bilhões de euros em impostos atrasados na Irlanda. A empresa foi acusada de celebrar um acordo fiscal ilícito. “A Irlanda concedeu à Apple um auxílio ilegal, que a Irlanda deve recuperar”, determinaram os juízes.
Para Trump, a posição comercial da UE tem sido “muito dura” com os Estados Unidos e, por isso, ele defende uma reação tarifária do país. “É politicamente correto dizer que temos uma relação boa, mas, na verdade, não é. Teremos tarifas recíprocas. O que eles cobram, nós iremos cobrar deles”, diz o presidente.
Ele mencionou, ainda, a situação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), onde ele avalia que os EUA tem contribuído de forma desproporcional, principalmente em relação aos custos da guerra na Ucrânia.
“Foi uma situação muito dura para nós. Estamos pagando de forma desproporcional em relação a eles (países europeus). Eles pagaram centenas de bilhões de dólares, depois que eu me envolvi. Aumentaram um pouco, mas não foi muito. Quando você olha para a guerra, demos mais de 300 bilhões de dólares. Eles deram 100 bilhões de dólares”, exemplificou.
Encontro com o premiê britânico
O encontro entre Trump e Starmer, nesta quinta, tem como pauta, também, o acordo de paz que vem sendo negociado para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia. O premiê britânico disse estar pronto para articular o que for possível e “para que qualquer acordo que haja seja duradouro”.
Trump mencionou o encontro que terá com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky nesta sexta-feira (28/2) e ponderou sobre o atual momento das negociações. “Estamos muito avançados no acordo, mas ainda não o temos. Não podemos falar em forças de paz sem ainda o tê-lo. Tenho tido boas conversas com a Rússia e com a Ucrânia”, disse.
