Engenheiro morto nos Jardins levou tiro na nuca mesmo sem reagir
Francisco Filippo, de 57 anos, foi morto durante um assalto a sua residência no Jardim Paulista. Criminosos fugiram levando relógios e joias
atualizado
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O engenheiro de 57 anos que foi morto durante um assalto em sua residência no Jardim Paulista, bairro nobre da zona oeste de São Paulo, foi atingido com um tiro na nuca mesmo sem reagir ao assalto. Quatro criminosos em um carro invadiram a casa de Francisco Filippo pela garagem na noite dessa quarta-feira (4/6), aram oito minutos lá dentro e levaram relógios e joias.
Em entrevista a jornalistas na noite dessa quarta, a diretora do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Ivalda Aleixo, afirmou que o engenheiro não reagiu ao assalto, mas mesmo assim foi baleado na nuca.
“Ele deve ter sido surpreendido com a entrada desses quatro e estava com a mão erguida. Então não teve reação. Tem muita coisa que deixaram lá”, disse a delegada. “Eles ficaram oito minutos aí dentro. Foi muito pouco.”
O que aconteceu
- A Polícia Militar foi acionada por volta das 19h45 dessa quarta para a Rua Henrique Martins, no numeral 413.
- Quatro criminosos entraram de carro pela garagem e renderam o engenheiro.
- Ao todo, eles aram oito minutos dentro da casa.
- A polícia encontrou a vítima já sem vida no interior da residência.
De acordo com o boletim de ocorrência, ao qual o Metrópoles teve o, a suíte da casa foi revirada pelos criminosos, que buscaram embalagens de relógios e joias.
Durante a perícia, foram apreendidos dois aparelhos celulares e um clipe de papel. Um dos celulares, localizado no chão, sob a mesa de jantar, não foi reconhecido pelos moradores, levantando a hipótese de que pertença a um dos autores do crime. O outro aparelho foi encontrado sobre uma cômoda na sala de estar, enquanto o clipe estava no chão.
O veículo usado pelos suspeitos foi localizado e apreendido a cerca de 2 quilômetros do local do assalto, na Rua Guararu, em Moema, na zona sul da cidade.
“O que chamou a atenção é que o senhor que trabalha aqui ao lado, que é o vigilante, achou estranho quando sai um carro [da casa] e bate na árvore”, detalha a diretora Ivalda Aleixo. “Aí sim ele achou que tinha acontecido alguma coisa, um carro que ele nunca viu.”
O caso foi registrado como latrocínio e localização/apreensão de veículo no 15° Distrito Policial, que requisitou assessoramento ao DHPP.
Exames periciais foram requisitados e diligências estão em andamento para identificar os autores e esclarecer os fatos, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Francisco Filippo era dono de uma construtora com sede no bairro Jardim Paulista. Fundada em 1992, a Construtora Filippo afirma em seu site oficial que tem a sua atuação focada no desenvolvimento de apartamentos e propriedades para locação.