Negociador de joias roubadas ligado a “Mainha do Crime” é preso em SP
Operação da Polícia Civil apreendeu R$ 2,7 milhões em materiais preciosos. Homem seria “flecha” na quadrilha liderada pela “Mainha do Crime”
atualizado
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São Paulo — A polícia afirma ter prendido o principal negociador de ouro e joias furtadas e roubadas da organização criminosa que era liderada pela “Mainha do Crime”, detida em fevereiro deste ano. O suspeito de 37 anos foi preso nessa quarta-feira (7/5) em Ferraz de Vasconcelos, na região metropolitana da capital. Ele estava em posse de R$ 80 mil.
De acordo com as investigações, ele atuava como “flecha” na organização criminosa, recebendo as joias provenientes do crime e vendendo de maneira rápida para lojas do centro da cidade.
Quem é a “Mainha do Crime”
- A polícia de SP aponta Suedna Carneiro como chefe de uma quadrilha responsável por diversos roubos em São Paulo, entre eles o que causou a morte do ciclista Vitor Felisberto Medrado, em 13/2, em frente ao Parque do Povo, na zona oeste.
- A Secretaria da Segurança Pública também diz que os suspeitos de envolvimento no latrocínio do delegado Josenildo Belarmino, em 14/1, em Santo Amaro, teriam ligação com a quadrilha liderada pela mulher.
- De acordo com a polícia, Suedna não tem profissão.
- A mulher morava em Paraisópolis, a segunda maior favela de São Paulo, onde foi detida.
- No local da prisão de Suedna, os agentes apreenderam três armas.
- A suspeita é que os revólveres tenham sido usados em latrocínios e em outros delitos.
- Também foram apreendidos 18 celulares, uma moto e equipamentos eletrônicos oriundos de furtos e roubos, além de R$ 21 mil reais em espécie e documentos de vítimas.
- Suedna já tinha agem pela polícia e chegou a cumprir pena.
- Após dois anos presa em regime fechado, ela foi beneficiada, em abril de 2024, com a progressão de regime para o semiaberto, cumprido na Penitenciária Feminina da Capital.
As lojas onde o ouro seria comercializado foram alvo de mandados de busca. Em um desses estabelecimentos, no centro de São Paulo, foram encontradas 12 alianças intactas.
Na mesma operação, a Polícia Civil apreendeu cerca de R$ 2,7 milhões em ouro e joias, além de R$ 157 mil em espécie. Três lojas clandestinas utilizadas para derretimento dos materiais preciosos tiveram o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) cassados.
Ao todo, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão nas cidades de Guarulhos, Taboão da Serra, Barueri, Mairiporã, Mogi das Cruzes e Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo, em Campinas, no interior do estado, e em bairros da capital paulista como Cambuci, Sé, Aclimação, Jardim Paulista, Vila Carrão e Vila Jacuí.
Além do detido, mais dez pessoas e 11 empresas são investigadas no esquema ilícito. Celulares e dispositivos eletrônicos também foram apreendidos e ajudarão na continuidade das investigações.
A operação dessa quarta-feira contou com a participação da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado, que atua nas verificações de regularidades cadastrais e análise de documentos fiscais relacionados às atividades dos investigados, e também com avaliadores do setor de penhor da Caixa Econômica Federal, que acompanharam os trabalhos para auxiliar na identificação e qualificação técnica dos bens apreendidos.
As joias apreendidas são analisadas pela polícia, que tenta localizar pessoas que tenham sido roubadas. Quem foi vítima da quadrilha também pode procurar a delegacia para reconhecer o objeto.
