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Luckas “Kim” Viana, 31 anos, e Phelipe de Moura, 26, teriam recebido a informação no momento em que foram resgatados do complexo onde eram mantidos em cárcere, sob pena de tortura e jornadas exaustivas de trabalho. Os outros brasileiros estariam em diferentes locais de Mianmar. Leia também São Paulo Paulistas resgatados em Mianmar contam como eram forçados a dar golpes São Paulo Vídeo: mãe a mal ao ouvir relatos de tortura do filho em Mianmar São Paulo “Machucados”, diz diretora de ONG que resgatou brasileiros em Mianmar São Paulo Agachamento no prego e cassetete: resgatado em Mianmar relata torturas Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), informou que não se manifestará sobre casos individuais ou divulgará informações específicas, “de acordo com o direito à privacidade, e em conformidade com a Lei de o à Informação e o Decreto nº 7.724/2012”. 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Como denunciar tráfico humano A presidente da The Exodus Road Brasil, Cintia Meirelles, destacou a falta de conhecimento da população sobre as formas de atuação e, principalmente, de como denunciar casos de tráfico humano — o que ela atribui a falhas das políticas públicas. “Quais são os canais de prevenção que o governo federal oferece no Brasil? Quais são as campanhas que existem para falar sobre o tráfico de pessoas? Quais são os mecanismos? Quais são os canais de denúncia? Isso eu acho muito importante falar, porque nós não temos no Brasil. Existe no papel, mas na prática a gente perde”, provocou. Conforme o MRE, o Portal Consular do Itamaraty tem alertado sobre o aumento do número de casos de recrutamento de brasileiros para trabalho em plataformas digitais de apostas na Ásia, em condições migratórias e laborais precárias. A pasta afirmou, ainda, que o Itamaraty tem ativa participação no IV Plano Nacional de Combate ao Tráfico de Pessoas. 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Tráfico humano: 8 brasileiros continuam em Mianmar, dizem resgatados

Vítimas de tráfico humano em Mianmar afirmam que mais brasileiros permanecem em cárcere no país

atualizado

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São Paulo — Ao menos oito brasileiros continuam sendo vítimas de tráfico humano em Mianmar, afirmaram os dois paulistas resgatados do país do sudeste asiático após terem sido aliciados para um esquema global de crimes cibernéticos.

Luckas “Kim” Viana, 31 anos, e Phelipe de Moura, 26, teriam recebido a informação no momento em que foram resgatados do complexo onde eram mantidos em cárcere, sob pena de tortura e jornadas exaustivas de trabalho. Os outros brasileiros estariam em diferentes locais de Mianmar.

Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus), informou que não se manifestará sobre casos individuais ou divulgará informações específicas, “de acordo com o direito à privacidade, e em conformidade com a Lei de o à Informação e o Decreto nº 7.724/2012”.

De acordo com a pasta, a divulgação de informações, especialmente com detalhes pessoais, pode colocar as vítimas em risco, comprometer investigações e contribuir para a revitimização. Procurado, o Ministério de Relações Exteriores (MRE – Itamaraty) não se manifestou.


Paulistas foram vítimas de tráfico humano em Mianmar

  • Luckas e Phelipe, ambos de São Paulo, aram meses em cárcere privado num complexo em Mianmar.
  • Eles foram atraídos por propostas de emprego e acabaram vítimas de um esquema que os utilizava como força de trabalho para aplicar golpes cibernéticos em todo o mundo.
  • Durante o período em que permaneceram sequestrados (Luckas, quatro meses; Phelipe, três), os dois sofreram punições severas, como agressões físicas. Eles também trabalhavam pelo menos 15 horas por dia.
  • Junto de outras vítimas, a dupla tentou fugir pelo menos duas vezes, sem sucesso. No dia 9 de fevereiro, fugiram do complexo onde estavam em cárcere em um grupo de 85 pessoas, de 50 nacionalidades.
  • Uma força-tarefa liderada pela ONG The Exodus Road conseguiu livrar os rapazes, bem como outras dezenas de vítimas que estavam no local.
  • Em 19 de fevereiro, Luckas e Phelipe desembarcaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos e reencontraram a família.

Como não cair no tráfico humano

Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, os paulistas contaram como se tornaram vítimas da rede de tráfico humano na Ásia, que já movimenta mais de US$ 3 trilhões por ano.

Para Phelipe, o erro foi “ter acreditado demais”. Ele morava no Uruguai quando foi aliciado, em novembro ado, e foi atraído com uma proposta de emprego.

Segundo a vítima, a aliciadora, que se apresentou como chefe da empresa que o contrataria, manteve contato direto com ele e foi extremamente atenciosa.

Depois do que ou, o jovem recomenda que potenciais vítimas fiquem alertas e peçam fotos reais do local de trabalho, bem como a localização exata da suposta empresa. “Se não tiver a localização exata, você pode ter certeza que é furada”, disse.

Ele também orienta que se faça videochamadas com os supostos contratantes antes de embarcar em direção ao destino.

Promessa de um sonho

Para Luckas, os aliciadores atingiram o lado emocional quando lhe ofereceram um emprego que parecia um “sonho”.

“Meu sonho era estar lá. Era um trabalho de seis meses, um salário bom. Eles iam me dar um visto de trabalho na Tailândia, então eu pensei em tudo isso”, revelou.

Além disso, o rapaz havia ado por uma experiência semelhante, nas Filipinas, porém verdadeira.

“O salário lá era realmente isso, então era algo real, eu recebia isso antes”, contou. Segundo a vítima, ele não chegou a cogitar um golpe.

Como denunciar tráfico humano

A presidente da The Exodus Road Brasil, Cintia Meirelles, destacou a falta de conhecimento da população sobre as formas de atuação e, principalmente, de como denunciar casos de tráfico humano — o que ela atribui a falhas das políticas públicas.

“Quais são os canais de prevenção que o governo federal oferece no Brasil? Quais são as campanhas que existem para falar sobre o tráfico de pessoas? Quais são os mecanismos? Quais são os canais de denúncia? Isso eu acho muito importante falar, porque nós não temos no Brasil. Existe no papel, mas na prática a gente perde”, provocou.

Conforme o MRE, o Portal Consular do Itamaraty tem alertado sobre o aumento do número de casos de recrutamento de brasileiros para trabalho em plataformas digitais de apostas na Ásia, em condições migratórias e laborais precárias.

A pasta afirmou, ainda, que o Itamaraty tem ativa participação no IV Plano Nacional de Combate ao Tráfico de Pessoas. Nesse âmbito, o órgão produziu guias on-line sobre tráfico humano.

No país, para denunciar casos de tráfico de pessoas, contrabando de migrantes, tráfico de mulheres e outros crimes semelhantes disque 100 ou ligue 180.

Para entrar em contato com a Coordenação-Geral de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Contrabando de Migrantes, ligue para (61) 2025-9663, (61) 2025-3992 ou mande um e-mail para [email protected].

O MRE indica também pedir ajuda ao National Human Trafficking Hotline (Linha Direta Nacional de Combate ao Tráfico de Pessoas, em tradução), com sede nos Estados Unidos (EUA).

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